domingo, 12 de agosto de 2007

Volta 25 de Abril! Avança regionalização!

Conta-se que no Antigo Reino do Egipto, algures entre 2650 a.c. e 2184 a.c., o Faraó da 3ª Dinastia de nome Sanakhte, constatou que para manter o requintado modo de vida das socialites dos seus prósperos templos, era preciso o incremento dos minerais preciosos extraídos do Nilo. Classes escravas foram deslocadas que para novas populações ao longo do Nilo para cumprir os caprichos que se enraízava nos bastiões da corte próxima de Sanakhte.
Além das condições de trabalho sem a protecção próxima de uma CGTP, os escravos egípcios tinham ainda de procuram essas preciosidades em zonas profundas do Nilo que era mais que um simples Rio: a fossa. Está bom de ver que não devia ser fácil as condições de trabalho destes egípcios. Era um trabalho de merda!

Vejamos que vivo num país que é muito distinto desses tempos em que algumas classes eram mandadas ao... excremento.
Não vivo num país ultracentralista e que sofre de macrocefalia em estado terminal, governado por um indivíduo pró-descentralização que divide os fundos de forma (minimamente) equitativa pelo país; não vivo num país em que as novas salas de Obstecrícia passaram a ser as ambulâncias de uns Bombeiros Voluntários perto de si; não vivo num país em que qualquer cidadão do norte tem que passar pela capital para marcar passagem para o resto da europa viajando numa empresa pública nacional; não vivo num país em que cidadãos são livres de circular no próprio país para assistir a eventos públicos; não vivo num país em que projectos de turimo da capital e do Allgarve demoram 3 meses a ser aprovados e da região do douro demoram 3 anos; não vivo num país em que o maior projecto de recuperação de economia do Norte, o TGV, é cada vez é mais deslocalizado para sul. Não vivo num país...

Hoje ao ler uma notícia tive a estupenda sensação de ter entre as mãos um qualquer papiro encarquilhado repleto de indecifráveis hieróglifos, descoberto pelo Dr. Zahi Hawass numa das suas expedições.
Procurando cair novamente na realidade, procurei abstrair-me desta pavorosa impressão de viagens no tempo, e dei em mim com o JN entre mãos.

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PGR retira ao MP do Porto denúncia contra Carolina
Nuno Miguel Maia

Uma investigação ao teor das declarações da irmã gémea de Carolina Salgado - em que esta é alvo de graves acusações - foi esta semana retirada ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) do Porto pelo vice-procurador-geral da República e remetida à equipa de coordenação do 'processo Apito dourado', dirigida por Maria José Morgado.

O inquérito diz respeito a factos mencionados por Ana Salgado no processo por difamação contra a ex-namorada de Pinto da Costa, movido pelo médico Fernando Póvoas. O depoimento, tornado público há três semanas, levantou suspeitas sobre o relacionamento de Carolina com a equipa de investigação do 'Apito dourado' e sobre o modo como foi feito o livro "Eu, Carolina". O processo entretanto instaurado no DIAP incidia sobre concretas denúncias relativas a drogas e extorsão. No último caso, José Mourinho poderia ter sido a vítima.

Segundo o semanário "Sol", Maria José Morgado terá tentado ela própria retirar o processo ao DIAP do Porto, mas viu essa pretensão recusada pelo procurador- -geral distrital do Porto, Alberto Pinto Nogueira, com o argumento de que o caso não teria conexão com o 'Apito dourado'.

O JN sabe que a procuradora terá feito esta diligência a 27 de Julho, dois dias depois de ter tomado conhecimento de um pedido de medidas especiais de segurança para Ana Salgado dirigido pelo DIAP do Porto à PSP. A solicitação viria a ser recusada, após "avaliação negativa" do DIAP de Lisboa, pelo qual Morgado é responsável.

Perante a negativa de Pinto Nogueira, Maria José Morgado deu conta do caso ao vice-procurador-geral da República, Mário Gomes Dias. Volvidos 10 dias, na semana passada, o magistrado deu ordens para o inquérito ser remetido para Lisboa.

Assim, com esta decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR), Morgado irá investigar o teor das denúncias feitas pela irmã de Carolina, visando indirectamente a própria magistrada e mais em concreto um inspector da PJ da sua equipa. Em causa estão também factos envolvendo o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira e a jornalista Leonor Pinhão, entre outros.

A 28 de Julho, recorde-se, o procurador-geral, Pinto Monteiro, disse que iria instaurar um inquérito ao "teor das declarações" de Ana Salgado e "às circunstâncias em que foram prestadas".

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Surgiu-me a ideia de deslocalizar o Ministério Público do Porto para Lisboa, fazendo uma pequena filial num qualquer escritório da Avenida dos Aliados. Ou então um qualquer quiosque multimédia...

Relembro para mim, as declarações da endeusada e insuspeitíssima Maria José Morgado, na qual afirmava que a sua equipe de investigadores é constituída por «pessoas de elite, acima de qualquer suspeita».
Com idênticas semelhanças a Têmis, deusa da justiça, Maria José Morgado classifica que é «ridícula qualquer hipótese de uso de métodos desleais ou proibidos de prova», notando que qualquer dos inspectores da ECPAD «actuou sob a sua direcção» e sublinhando que ao longo de «30 anos de magistratura» nunca foi alvo de uma queixa «por maus métodos processuais».

Não sei se é de mim mas tenho a impressão para um rápido desenrolar deste encontro, com resultado já apalavrado, sem direito a substituições, cartões ou minutos de descontos.
Começei a ficar preocupado, mas com a certeza que se houvessem suspeitas de irregularidades no processo seria nomeada a procuradora Maria José Morgado para o caso... e acalmei!

Afinal, é neste país que vivo, (des)governado por gente de esterco, no qual os magistrados ficam encarregues de investigar processos em que são visados.

Egípcios rejubilem, os excrementos portugueses não escondem minerais nem jóias... movimentam-se bem visíveis à tona.


3 comentários:

Anónimo disse...

Xiko a presidente ja!!!!!!



Acredita Copenhaga!!!!!!!!!

Anónimo disse...

O Chico vai é preso se começa a ignorar os direitos de autor!!! Atenção a isso pá. Dá mais realce a quem escreveu e de onde retiraste senão vamos todos para a choça para a beira dos nosos presidentes.

Sérgio disse...

fodasse chico... os teus textos são grandes de mais...